É POSSÍVEL REVERTER A ATEROSCLEROSE?

 

 

Dr. Rafael Marchetti, cardiologista, pós-graduado em Medicina do Exercício e do Esporte, certificado em Medicina do Estilo de Vida pelo IBLM, International Board of Lifestyle Medicine.

 

Olá, queridos leitores! Sou Dr. Rafael Marchetti, cardiologista e médico na Lapinha Spa.  Neste espaço, exploraremos juntos como as mudanças no estilo de vida podem transformar nossa saúde e bem-estar.

Para inaugurar nossa jornada, escolhi um estudo inspirador: “The Lifestyle Heart Trial”, conduzido por Dean Ornish e publicado na revista Lancet. Este estudo investigou se mudanças abrangentes no estilo de vida poderiam reverter a aterosclerose coronariana em apenas um ano. Envolveu 48 pacientes divididos em dois grupos: o grupo experimental, que seguiu um programa de mudanças no estilo de vida, e o grupo de controle, que manteve os cuidados habituais.

O artigo “The Lifestyle Heart Trial” foi verdadeiramente revolucionário, quebrando paradigmas ao demonstrar que a aterosclerose, anteriormente considerada irreversível, pode de fato regredir. Este estudo desafiou a crença de longa data de que a progressão da doença coronariana era inevitável. A chave para esses resultados surpreendentes foi a mudança global no estilo de vida, que abrangeu não apenas a dieta, mas também o exercício, o gerenciamento de estresse e o apoio social. Embora essas mudanças possam parecer desafiadoras, este estudo prova que são possíveis e têm um impacto profundo e positivo na saúde do coração.

Os resultados foram notáveis. No grupo experimental, a estenose das artérias coronárias regrediu de uma média de 40,0% para 37,8% após um ano. Em contraste, no grupo de controle, a estenose progrediu de 42,7% para 46,1%. Além disso, os pacientes do grupo experimental relataram uma redução de 91% na frequência de angina, 42% na duração e 28% na severidade dos sintomas. Esses dados evidenciam o impacto positivo que mudanças no estilo de vida podem ter na saúde cardiovascular.

O programa de mudanças no estilo de vida foi abrangente e incluiu uma dieta vegetariana com baixo teor de gordura, focada em alimentos integrais como frutas, vegetais, grãos e leguminosas. Os participantes foram incentivados a parar de fumar, praticar exercícios moderados e participar de treinamentos de gerenciamento de estresse, que incluíam técnicas como meditação e relaxamento. O suporte em grupo também foi uma parte essencial do programa, proporcionando um ambiente de apoio para compartilhar experiências e motivar uns aos outros.

Essas descobertas são um lembrete poderoso de que temos o poder de transformar nossa saúde através de escolhas diárias. Ao adotar um estilo de vida mais saudável, podemos não apenas prevenir doenças, mas também reverter condições existentes, promovendo uma vida mais plena e saudável. A chave está em fazer mudanças sustentáveis e consistentes, que se integrem naturalmente ao nosso cotidiano.

Convido você a refletir sobre como pequenas mudanças diárias podem ter um impacto profundo na sua saúde. A jornada para uma vida saudável é contínua, e cada escolha positiva que fazemos é um passo em direção a um futuro melhor. Lembre-se, você tem o poder de escolher a saúde todos os dias.

 

Referência técnica: Ornish, D., et al. (1990). “Can lifestyle changes reverse coronary heart disease?” Lancet.

COMO A SAÚDE MENTAL TRANSFORMA O CORAÇÃO

 

Dr. Rafael Marchetti, cardiologista, pós-graduado em Medicina do Exercício e do Esporte, certificado em Medicina do Estilo de Vida pelo IBLM, International Board of Lifestyle Medicine.

 

Hoje exploraremos a fascinante conexão entre a saúde psicológica e o bem-estar cardiovascular.

O artigo “Psychological Health, Well-Being, and the Mind-Heart-Body Connection”, publicado pela American Heart Association, oferece uma visão abrangente sobre como a saúde mental impacta diretamente a saúde do coração. Este estudo analisa diversos fatores psicológicos, como depressão, ansiedade, estresse, otimismo e gratidão, e sua influência no risco cardiovascular.

 

Aspectos da Saúde Psicológica Positiva

A saúde psicológica positiva inclui fatores como otimismo, gratidão, felicidade, vitalidade emocional e um forte senso de propósito. Estudos indicam que indivíduos que cultivam esses aspectos apresentam uma redução significativa no risco de doenças cardiovasculares. Por exemplo:

  • Otimismo: Pessoas otimistas têm cerca de 35% menos risco de sofrer eventos cardíacos adversos. O otimismo está associado a melhores hábitos de saúde e menor inflamação.
  • Gratidão: Praticar a gratidão regularmente pode melhorar a adesão a medicamentos e promover comportamentos saudáveis, contribuindo para uma redução de 20% a 30% no risco de doenças cardíacas.
  • Vitalidade Emocional: Aqueles que mantêm uma vitalidade emocional positiva apresentam uma menor taxa de mortalidade cardiovascular, com uma redução de até 25% nos eventos cardíacos.

 

Aspectos da Saúde Psicológica Negativa

Por outro lado, a saúde psicológica negativa, que inclui depressão, ansiedade, estresse, pessimismo e hostilidade, pode aumentar significativamente o risco de doenças cardiovasculares:

  • Depressão: Indivíduos com depressão têm um risco 50% maior de desenvolver doenças cardíacas. A depressão pode levar a comportamentos prejudiciais à saúde, como sedentarismo e má alimentação.
  • Ansiedade: A ansiedade crônica está associada a um aumento de 40% no risco de eventos cardíacos adversos. Ela pode causar disfunções no sistema nervoso autônomo, afetando negativamente o coração.
  • Estresse: O estresse contínuo pode resultar em um aumento de até 30% no risco de infarto do miocárdio, devido ao aumento da pressão arterial e inflamação.

Este artigo é revolucionário ao enfatizar que a saúde do coração não depende apenas de fatores físicos, mas também do nosso estado psicológico. A mudança global no estilo de vida, que inclui práticas de mindfulness, gerenciamento de estresse e cultivo de emoções positivas, pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a saúde cardiovascular. Embora essas mudanças possam parecer desafiadoras, elas são possíveis e têm um impacto profundo e positivo em nossa saúde geral.

Essas descobertas são um lembrete poderoso de que o cuidado com a saúde mental é fundamental para a saúde do coração. Ao adotar práticas que promovam o bem-estar emocional, podemos não apenas prevenir doenças, mas também melhorar nossa qualidade de vida de maneira abrangente. A chave está em integrar essas práticas de forma natural e consistente em nosso cotidiano.

Convido você a refletir sobre como pequenas mudanças diárias em sua saúde mental podem ter um impacto profundo na sua saúde física. A jornada para uma vida saudável é contínua, e cada escolha positiva que fazemos é um passo em direção a um futuro melhor. Lembre-se, você tem o poder de escolher a saúde todos os dias.

 

Referência técnica: Levine, G. N., et al. (2021). “Psychological Health, Well-Being, and the Mind-Heart-Body Connection.” Circulation.

 

QUANDO USAR TESTOSTERONA DE MODO SEGURO E CIENTIFICAMENTE EMBASADO?

 

 

Dra Jacy M. Alves, MD Endocrinologista e Dr Daniel S. F. Boarim, MD Nutrólogo

 

Certamente, você conhece alguém que faz reposição hormonal com testosterona ou talvez você mesmo a utilize. Mas você tem ideia dos verdadeiros riscos/benefícios por trás dessa prescrição, que virou moda nos últimos anos? Principalmente entre os que buscam um corpo escultural e musculoso, a testosterona acena como um recurso “promissor”. Mas você sabe a que preço?  Vale a pena?

 

Quando é indicada a terapia de reposição com testosterona? (TRT)

 

A terapia de reposição de testosterona (TRT) envolve riscos importantes, e por isso deve ser utilizada de forma muito criteriosa e baseada em evidências, considerando as diretrizes das Sociedades Médicas e recomendações atuais.

A TRT tem poucas indicações cientificamente seguras e aceitas. A mais reconhecida é para homens com hipogonadismo devidamente confirmado, que é caracterizado por níveis baixos de testosterona associados a sintomas clínicos, como disfunção sexual, perda de massa muscular, fadiga e diminuição da densidade óssea. [1-3]

 

Onde mora o perigo?

 

Aqui mora o perigo. Digamos que os seus níveis de testosterona estejam na faixa da normalidade e algum prescritor afirme que, “suplementando” para trazê-los mais para cima, você se sentirá muito melhor. Mesmo que isso fosse comprovado, os grandes riscos (principalmente aumento da morbimortalidade cardiovascular) não compensariam os discutíveis “benefícios”.

Como vimos, o uso seguro da testosterona requer confirmação do diagnóstico de hipogonadismo, que deve ser feito por meio de duas medições matinais de testosterona total, que mostrem níveis efetivamente reduzidos. [2-3] Confirmado o diagnóstico, a TRT, desde que corretamente conduzida, pode ser benéfica para melhorar a função sexual, o desejo sexual e a densidade óssea em homens com hipogonadismo. [4-5]

No entanto, os benefícios em outras condições, como função cognitiva, humor e capacidade física, são menos claros, necessitando estudos adicionais. Não se justifica o uso de testosterona apenas para “melhorar” o humor, a massa muscular e o desempenho físico ou mental, como se vem apregoando, estando seus níveis normais, ou seja, não havendo um diagnóstico confirmado de hipogonadismo masculino. [4-5]

 

É indicada na infertilidade? Quando é contraindicada?

 

Se o problema é infertilidade masculina, bom pontuar que a TRT é, ao contrário, contraindicada, pois pode interromper a espermatogênese normal.[3] Além disso, envolve riscos no caso de homens com câncer de próstata não tratado ou câncer de mama, e em pacientes que tiveram infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.[1][3] A segurança cardiovascular da TRT ainda é uma área de preocupação, e a FDA nos EUA alerta para aumento do risco de complicações cardiovasculares.[2][5]

 

E para mulheres?

 

Para mulheres, a única indicação baseada em evidências para a terapia com testosterona é o tratamento do transtorno do desejo sexual hipoativo (HSDD), e deve ser administrada com cuidado para atingir concentrações fisiológicas pré-menopáusicas.[6]

Não há dados suficientes para apoiar o uso de testosterona para outros sintomas ou condições clínicas em mulheres.[6] A terapia deve ser cuidadosamente monitorada para garantir que os níveis de testosterona no sangue permaneçam dentro das concentrações fisiológicas pré-menopáusicas. .[6]

O transtorno do desejo sexual hipoativo (HSDD) é diagnosticada com base em critérios clínicos bem estabelecidos. O HSDD é caracterizado pela ausência persistente ou falta de desejo por atividade sexual, que está associada a um sofrimento pessoal significativo e/ou dificuldades interpessoais. É crucial que esses sintomas não possam ser mais bem explicados por outro transtorno primário, medicação ou condição médica geral. [7-8]

Para o diagnóstico, é importante realizar uma avaliação biopsicossocial abrangente, que considere fatores biológicos, psicológicos e socioculturais, além de influências interpessoais.[7][9] Ferramentas de triagem validadas, como o Decreased Sexual Desire Screener, podem ser úteis para identificar a necessidade de uma avaliação mais aprofundada.[7][10]

O diagnóstico também deve distinguir entre HSDD generalizado adquirido e outras formas de interesse sexual reduzido. A avaliação clínica deve incluir uma história médica e sexual detalhada e, em alguns casos, um exame físico. [11-12] A presença de sofrimento pessoal é um critério essencial para o diagnóstico, conforme estabelecido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).[11]

O HSDD é uma condição reconhecida e tratável, com opções de tratamento que incluem intervenções não farmacológicas, como terapia sexual e psicoterapia, além de tratamentos farmacológicos aprovados, como a flibanserina e o bremelanotida, ambos aprovados pela FDA para mulheres pré-menopáusicas nos Estados Unidos. [7-9]

Um estudo sistemático e meta-análise envolvendo sete ensaios clínicos randomizados com 3.035 participantes demonstrou que o uso de testosterona transdérmica em mulheres pós-menopáusicas resultou em melhorias significativas na função sexual em comparação com o placebo. No entanto, o tratamento foi associado a eventos adversos androgênicos, como acne e crescimento de pelos.[13]

A literatura também destaca que, embora a testosterona seja uma ferramenta terapêutica valiosa, ainda há uma falta de dados sobre a segurança a longo prazo, especialmente em relação ao risco cardiovascular e de câncer.[15] [16-17] Além disso, não há preparações de testosterona aprovadas especificamente para mulheres, o que leva ao uso off-label de formulações destinadas a homens, com ajustes de dose para evitar níveis supra fisiológicos de testosterona. [6-17]

As diretrizes de consenso global indicam que a única indicação baseada em evidências para a terapia com testosterona em mulheres é o tratamento do HSDD. Recomenda-se que a avaliação clínica completa seja realizada para identificar e tratar outros fatores contribuintes para a disfunção sexual antes de iniciar a terapia com testosterona.[6]

A terapia com testosterona pode ser considerada para mulheres pós-menopáusicas com HSDD, desde que outras causas tenham sido minuciosamente excluídas. No entanto, devido à falta de dados sobre a segurança a longo prazo, é crucial que seu uso seja cauteloso, com monitoramento cuidadoso dos níveis hormonais e possíveis efeitos adversos. Uma abordagem cuidadosa e individualizada é essencial para garantir o tratamento eficaz e seguro do HSDD.

 

Como monitorar a reposição de testosterona em homens?

 

A monitorização dos pacientes em TRT é crucial, incluindo a avaliação da resposta clínica e a medição de testosterona total, hematócrito e antígeno prostático específico (PSA). [1-2] A escolha da formulação de testosterona (transdérmica ou intramuscular) deve considerar a eficácia clínica, os custos e as preferências do paciente.[5]

 

Efeitos colaterais

 

Há efeitos secundários bem conhecidos do excesso de testosterona, como aumento de pelos e espinhas, aumento da próstata em homens e atrofia das mamas em mulheres, insônia,  alteração de humor, irritabilidade, edema (inchaço geral), cólicas pélvicas ou até mesmo um retorno da menstruação. Altos níveis de testosterona também podem elevar os níveis de estrogênio, já que uma parte da testosterona é convertida em estrogênio [18]

 

Resumindo

 

O modismo de prescrever testosterona indiscriminadamente é irresponsável e implica enorme perigo à saúde, e essa indicação deve ser seriamente considerada apenas em casos de hipogonadismo confirmado nos homens e o transtorno do desejo sexual hipoativo em mulheres, com uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios, e monitorização contínua para garantir a segurança e eficácia do tratamento.

É crucial que a decisão de iniciar a terapia com testosterona seja baseada em uma avaliação clínica completa e que os pacientes sejam informados sobre os potenciais riscos e benefícios do tratamento. Além disso, a segurança a longo prazo da terapia com testosterona, especialmente em mulheres, ainda não foi estabelecida.

 

Referências

  1. EMAS Position Statement: Testosterone Replacement Therapy in Older Men. Kanakis GA, Pofi R, Goulis DG, et al. Maturitas. 2023;178:107854. doi:10.1016/j.maturitas.2023.107854.
  2. Testosterone Therapy: Review of Clinical Applications. Petering RC, Brooks NA. American Family Physician. 2017;96(7):441-449.
  3. Evaluation and Management of Testosterone Deficiency: AUA Guideline. Mulhall JP, Trost LW, Brannigan RE, et al. The Journal of Urology. 2018;200(2):423-432. doi:10.1016/j.juro.2018.03.115.
  4. Testosterone Therapy: What We Have Learned From Trials. Corona G, Torres LO, Maggi M. The Journal of Sexual Medicine. 2020;17(3):447-460. doi:10.1016/j.jsxm.2019.11.270.
  5. Testosterone Treatment in Adult Men With Age-Related Low Testosterone: A Clinical Guideline From the American College of Physicians. Qaseem A, Horwitch CA, Vijan S, et al. Annals of Internal Medicine. 2020;172(2):126-133. doi:10.7326/M19-0882.
  6. Global Consensus Position Statement on the Use of Testosterone Therapy for Women. Davis SR, Baber R, Panay N, et al. The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism. 2019;104(10):4660-4666. doi:10.1210/jc.2019-01603.
  7. Female Hypoactive Sexual Desire Disorder: A Practical Guide to Causes, Clinical Diagnosis, and Treatment. Kingsberg SA, Simon JA. Journal of Women’s Health (2002). 2020;29(8):1101-1112. doi:10.1089/jwh.2019.7865.
  8. Hypoactive Sexual Desire Disorder in Women: Physiology, Assessment, Diagnosis, and Treatment. Pettigrew JA, Novick AM. Journal of Midwifery & Women’s Health. 2021;66(6):740-748. doi:10.1111/jmwh.13283.
  9. Hypoactive Sexual Desire Disorder: International Society for the Study of Women’s Sexual Health (ISSWSH) Expert Consensus Panel Review. Goldstein I, Kim NN, Clayton AH, et al. Mayo Clinic Proceedings. 2017;92(1):114-128. doi:10.1016/j.mayocp.2016.09.018.
  10. Instruments for Screening, Diagnosis, and Management of Patients With Generalized Acquired Hypoactive Sexual Desire Disorder. Derogatis LR, Revicki DA, Clayton AH. Journal of Women’s Health (2002). 2020;29(6):806-814. doi:10.1089/jwh.2019.7917.
  11. Female Sexual Dysfunction: Focus on Low Desire. Kingsberg SA, Woodard T. Obstetrics and Gynecology. 2015;125(2):477-486. doi:10.1097/AOG.0000000000000620.
  12. The International Society for the Study of Women’s Sexual Health Process of Care for Management of Hypoactive Sexual Desire Disorder in Women. Clayton AH, Goldstein I, Kim NN, et al. Mayo Clinic Proceedings. 2018;93(4):467-487. doi:10.1016/j.mayocp.2017.11.002.
  13. Efficacy and Safety of Transdermal Testosterone in Postmenopausal Women With Hypoactive Sexual Desire Disorder: A Systematic Review and Meta-Analysis. Achilli C, Pundir J, Ramanathan P, et al. Fertility and Sterility. 2017;107(2):475-482.e15. doi:10.1016/j.fertnstert.2016.10.028.
  14. Systemic Testosterone for the Treatment of Female Sexual Interest and Arousal Disorder (FSIAD) in the Postmenopause.
  15. Ribera Torres L, Anglès-Acedo S, López Chardi L, Mension Coll E, Castelo-Branco C. Gynecological Endocrinology: The Official Journal of the International Society of Gynecological Endocrinology. 2024;40(1):2364220. doi:10.1080/09513590.2024.2364220.
  16. Androgen Therapy in Women.Vegunta S, Kling JM, Kapoor E. Journal of Women’s Health (2002). 2020;29(1):57-64. doi:10.1089/jwh.2018.7494.
  17. Risks of Testosterone for Postmenopausal Women. Pinkerton JV, Blackman I, Conner EA, Kaunitz AM. Endocrinology and Metabolism Clinics of North America. 2021;50(1):139-150. doi:10.1016/j.ecl.2020.10.007.
  18. Information on Testosterone Hormone Therapy, University of California, San Francisco, July 2020.

 

ENGLISH

 

WHEN TO USE TESTOSTERONE IN A SAFE AND SCIENTIFICALLY SUPPORTED WAY?

Dr. Jacy M. Alves MD, Dr Daniel S F Boarim MD

 

You certainly know someone who uses testosterone replacement therapy or perhaps you use it yourself. But do you have any idea of ​​the real risks/benefits behind this prescription, which has become fashionable in recent years? Especially among those seeking a sculpted and muscular body, testosterone beckons as a “promising” resource. But do you know the price? Is it worth it?

 

When is testosterone replacement therapy indicated? (TRT)

Testosterone replacement therapy (TRT) involves significant risks, and therefore must be used very carefully and based on evidence, considering the guidelines of Medical Societies and current recommendations.

TRT has few scientifically safe and accepted indications. The most recognized is for men with duly confirmed hypogonadism, which is characterized by low testosterone levels associated with clinical symptoms, such as sexual dysfunction, loss of muscle mass, fatigue and decreased bone density. [1-3]

 

Where does the danger lie?

 

Here lies the danger. Let’s say your testosterone levels are in the normal range and some prescriber claims that by “supplementing” to raise them further, you will feel much better. Even if this were proven, the great risks (mainly increased cardiovascular morbidity and mortality) would not compensate for the debatable “benefits”.

As we have seen, the safe use of testosterone requires confirmation of the diagnosis of hypogonadism, which should be done through two morning measurements of total testosterone, which show effectively reduced levels. [2-3] Once the diagnosis is confirmed, TRT, as long as it is correctly administered, can be beneficial in improving sexual function, sexual desire and bone density in men with hypogonadism. [4-5]

However, the benefits in other conditions, such as cognitive function, mood and physical capacity, are less clear and require additional studies. There is no justification for using testosterone just to “improve” mood, muscle mass and physical or mental performance, as has been claimed, if its levels are normal, that is, there is no confirmed diagnosis of male hypogonadism. [4-5]

Is it indicated for infertility? When is it contraindicated?

If the problem is male infertility, it is worth noting that TRT is, on the contrary, contraindicated, as it can interrupt normal spermatogenesis.[3] In addition, it involves risks in the case of men with untreated prostate cancer or breast cancer, and in patients who have had a myocardial infarction or stroke.[1][3] The cardiovascular safety of TRT is still an area of ​​concern, and the FDA in the US warns of an increased risk of cardiovascular complications.[2][5]

 

What about women?

 

For women, the only evidence-based indication for testosterone therapy is the treatment of hypoactive sexual desire disorder (HSDD), and it should be administered with caution to achieve premenopausal physiologic concentrations.[6]

There are insufficient data to support the use of testosterone for other symptoms or medical conditions in women.[6] Therapy should be carefully monitored to ensure that blood testosterone levels remain within premenopausal physiologic concentrations. .[6]

Hypoactive sexual desire disorder (HSDD) is diagnosed based on well-established clinical criteria. HSDD is characterized by the persistent or recurrent absence of sexual thoughts or fantasies and/or lack of desire for sexual activity, which is associated with significant personal distress and/or interpersonal difficulties. It is crucial that these symptoms cannot be better accounted for by another underlying disorder, medication, or general medical condition. [7-8]

A comprehensive biopsychosocial assessment that considers biological, psychological, and sociocultural factors, as well as interpersonal influences, is important for diagnosis.[7][9] Validated screening tools, such as the Decreased Sexual Desire Screener, may be helpful in identifying the need for further evaluation.[7][10]

Diagnosis should also distinguish between acquired generalized HSDD and other forms of decreased sexual interest. Clinical evaluation should include a detailed medical and sexual history and, in some cases, a physical examination.[11-12] The presence of personal distress is an essential criterion for diagnosis, as established by the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5).[11]

HSDD is a recognized and treatable condition, with treatment options that include nonpharmacologic interventions such as sex therapy and psychotherapy, as well as approved pharmacologic treatments such as flibanserin and bremelanotide, both of which are FDA-approved for premenopausal women in the United States. [7–9]

A systematic review and meta-analysis involving seven randomized controlled trials with 3,035 participants demonstrated that the use of transdermal testosterone in postmenopausal women resulted in significant improvements in sexual function compared to placebo. However, the treatment was associated with androgenic adverse events, such as acne and hair growth.[13]

The literature also highlights that although testosterone is a valuable therapeutic tool, there is still a lack of data on long-term safety, especially regarding cardiovascular and cancer risk.[15] [16-17] In addition, there are no testosterone preparations specifically approved for women, which leads to off-label use of formulations intended for men, with dose adjustments to avoid supraphysiological testosterone levels.[6-17]

Global consensus guidelines indicate that the only evidence-based indication for testosterone therapy in women is the treatment of HSDD. It is recommended that a thorough clinical evaluation be performed to identify and address other contributing factors to sexual dysfunction prior to initiating testosterone therapy.[6]

Testosterone therapy may be considered for postmenopausal women with HSDD, provided that other causes have been thoroughly excluded. However, due to the lack of data on long-term safety, it is crucial that its use be cautious, with careful monitoring of hormone levels and potential adverse effects. A careful and individualized approach is essential to ensure effective and safe treatment of HSDD.

How to monitor testosterone replacement therapy in men?

 

Monitoring of patients on TRT is crucial, including assessment of clinical response and measurement of total testosterone, hematocrit, and prostate-specific antigen (PSA).[1-2] The choice of testosterone formulation (transdermal or intramuscular) should consider clinical efficacy, cost, and patient preferences.[5]

 

In summary

 

The trend of prescribing testosterone indiscriminately is irresponsible and poses enormous health risks, and this indication should be seriously considered only in cases of confirmed hypogonadism in men and hypoactive sexual desire disorder in women, with a careful assessment of the risks and benefits, and ongoing monitoring to ensure the safety and efficacy of the treatment.

It is crucial that the decision to initiate testosterone therapy be based on a thorough clinical evaluation and that patients are informed of the potential risks and benefits of treatment. Furthermore, the long-term safety of testosterone therapy, especially in women, has not yet been established.

 

References

  1. EMAS Position Statement: Testosterone Replacement Therapy in Older Men. Kanakis GA, Pofi R, Goulis DG, et al. Maturitas. 2023;178:107854. doi:10.1016/j.maturitas.2023.107854.
  2. Testosterone Therapy: Review of Clinical Applications. Petering RC, Brooks NA. American Family Physician. 2017;96(7):441-449.
  3. Evaluation and Management of Testosterone Deficiency: AUA Guideline. Mulhall JP, Trost LW, Brannigan RE, et al. The Journal of Urology. 2018;200(2):423-432. doi:10.1016/j.juro.2018.03.115.
  4. Testosterone Therapy: What We Have Learned From Trials. Corona G, Torres LO, Maggi M. The Journal of Sexual Medicine. 2020;17(3):447-460. doi:10.1016/j.jsxm.2019.11.270.
  5. Testosterone Treatment in Adult Men With Age-Related Low Testosterone: A Clinical Guideline From the American College of Physicians. Qaseem A, Horwitch CA, Vijan S, et al. Annals of Internal Medicine. 2020;172(2):126-133. doi:10.7326/M19-0882.
  6. Global Consensus Position Statement on the Use of Testosterone Therapy for Women. Davis SR, Baber R, Panay N, et al. The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism. 2019;104(10):4660-4666. doi:10.1210/jc.2019-01603.
  7. Female Hypoactive Sexual Desire Disorder: A Practical Guide to Causes, Clinical Diagnosis, and Treatment. Kingsberg SA, Simon JA. Journal of Women’s Health (2002). 2020;29(8):1101-1112. doi:10.1089/jwh.2019.7865.
  8. Hypoactive Sexual Desire Disorder in Women: Physiology, Assessment, Diagnosis, and Treatment. Pettigrew JA, Novick AM. Journal of Midwifery & Women’s Health. 2021;66(6):740-748. doi:10.1111/jmwh.13283.
  9. Hypoactive Sexual Desire Disorder: International Society for the Study of Women’s Sexual Health (ISSWSH) Expert Consensus Panel Review. Goldstein I, Kim NN, Clayton AH, et al. Mayo Clinic Proceedings. 2017;92(1):114-128. doi:10.1016/j.mayocp.2016.09.018.
  10. Instruments for Screening, Diagnosis, and Management of Patients With Generalized Acquired Hypoactive Sexual Desire Disorder. Derogatis LR, Revicki DA, Clayton AH. Journal of Women’s Health (2002). 2020;29(6):806-814. doi:10.1089/jwh.2019.7917.
  11. Female Sexual Dysfunction: Focus on Low Desire. Kingsberg SA, Woodard T. Obstetrics and Gynecology. 2015;125(2):477-486. doi:10.1097/AOG.0000000000000620.
  12. The International Society for the Study of Women’s Sexual Health Process of Care for Management of Hypoactive Sexual Desire Disorder in Women. Clayton AH, Goldstein I, Kim NN, et al. Mayo Clinic Proceedings. 2018;93(4):467-487. doi:10.1016/j.mayocp.2017.11.002.
  13. Efficacy and Safety of Transdermal Testosterone in Postmenopausal Women With Hypoactive Sexual Desire Disorder: A Systematic Review and Meta-Analysis. Achilli C, Pundir J, Ramanathan P, et al. Fertility and Sterility. 2017;107(2):475-482.e15. doi:10.1016/j.fertnstert.2016.10.028.
  14. Systemic Testosterone for the Treatment of Female Sexual Interest and Arousal Disorder (FSIAD) in the Postmenopause.
  15. Ribera Torres L, Anglès-Acedo S, López Chardi L, Mension Coll E, Castelo-Branco C. Gynecological Endocrinology: The Official Journal of the International Society of Gynecological Endocrinology. 2024;40(1):2364220. doi:10.1080/09513590.2024.2364220.
  16. Androgen Therapy in Women.Vegunta S, Kling JM, Kapoor E. Journal of Women’s Health (2002). 2020;29(1):57-64. doi:10.1089/jwh.2018.7494.
  17. Risks of Testosterone for Postmenopausal Women.Pinkerton JV, Blackman I, Conner EA, Kaunitz AM. Endocrinology and Metabolism Clinics of North America. 2021;50(1):139-150. doi:10.1016/j.ecl.2020.10.007.

 

 

 

 

A “MEDICINA FAST HEALTHY”

 

Dra Jacy M. Alves, Médica da Lapinha, especialista em Endocrinologia e Metabologia

A Medicina não é uma ciência exata – isso todos sabem. As verdades podem ser transitórias. Mas vemos cada vez mais pessoas, principalmente as mais abastadas, procurando uma “Medicina Fast Healthy”, onde no anseio de terem vitalidade, função sexual compatível com atores de filmes adultos, a juventude eterna, o não sofrimento a qualquer custo, engolem diariamente pílulas “mágicas” ou compostos injetáveis (muitas vezes pagam uma verdadeira fortuna por isso) que prometem ser a cura para a sua insatisfação com a vida e seus propósitos. Existe certo ou errado? Sinceramente acredito que cada pessoa escolhe seus caminhos e tem autonomia, portanto, talvez essa dicotomia entre certo ou errado não seja a maneira mais correta de expressão, sendo que existem apenas escolhas diferentes, mas uma vez definindo o rumo é preciso aceitar as possíveis consequências.

 

A busca eterna do ser humano pela longevidade é justa?

Claro, afinal a grande maioria das pessoas não pensa muito sobre a finitude da vida, apesar de todos saberem da sua existência. Durante a era renascentista essa busca se limitava ao desejo de forma milagrosas de rejuvenescimento, como o banho na fonte da juventude. Houve uma guinada científica em 1889 com a publicação das auto-experiências de Brown-Séquart com extrato de testículos de animais, o que aparentemente melhorou sua vitalidade, força física e cognição. Este extrato, comercializado como o “Elixir da Vida”, foi vendido por décadas na Europa e América do Norte. No entanto, a replicação dos experimentos de Brown-Séquart demonstrou que tal extrato apresentava apenas concentrações homeopáticas de testosterona, insuficientes para exercer qualquer efeito biológico. Assim, o nascimento da Andrologia começou com um efeito placebo. Nas últimas décadas, a busca por compostos que possam a levar ao rejuvenescimento ganhou força, com a testosterona em primeiro plano. O diagnóstico de hipogonadismo masculino requer a presença de sintomas clínicos como libido baixa, disfunção erétil e fadiga, além da dosagem de testosterona realizada no mínimo em duas ocasiões no período da manhã, na ausência de doenças agudas ou graves. Embora as diretrizes de prática clínica das principais Sociedades Médicas do mundo defendam o tratamento com testosterona em homens com hipogonadismo orgânico, a testosterona continua a ser comercializada com uma droga maravilhosa com efeitos rejuvenescedores na função sexual, vitalidade e uma séries de outros supostos benefícios, não comprovados. Além disso, a epidemia crescente de obesidade, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, condições que sabidamente podem associadas a menores níveis de testosterona, trouxe mais uma vez esse hormônio para o palco de discussões e centro de atenção. Embora o número de prescrições de testosterona tenha aumentado de forma avassaladora nas últimas duas décadas, estudos clínicos randomizados cuidadosamente conduzidos sugerem benefícios apenas modestos com o tratamento e em casos de hipogonadismo funcional, como muitas vezes ocorre na obesidade, diabetes tipo 2, essa alteração pode ser revertida tratando as doenças de base e com a mudança de estilo de vida, sem necessidade da reposição de testosterona, numa boa parte dos casos. Em relação à prescrição da testosterona, quando necessária, nos casos de hipogonadismo orgânico, permanecem as preocupações com a segurança, principalmente em homens idosos.

 

Nas mulheres, o abuso do uso de testosterona é ainda mais preocupante…

A situação onde esse hormônio poderia ser indicado seria o Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino. E vemos hoje a prescrição desse hormônio sem critérios e muitas vezes sem nenhuma indicação, para fins puramente estéticos, para aumentar a libido ou como uma “nova” forma de terapia hormonal da menopausa, em que muitas vezes não há sequer o uso adequado do estrogênio e progesterona (progesterona para mulheres que possuem útero, pois nas mulheres submetidas à histerectomia o uso de estrogênio não precisa ser acompanhado pelo uso de progesterona). A sexualidade feminina é complexa e não somente relacionada a hormônios como a testosterona. Fatores psicossociais como cultura, crenças religiosas, autoestima, depressão, traumas sexuais como abuso, tipo de relacionamento afetivo, estilo de vida, estresse, doenças e o uso de medicamentos influenciam a sexualidade feminina. O diagnóstico de perda do interesse nas relações sexuais e/ou falta de excitação se baseia na Classificação do DSM 5 e requer critérios bem específicos e precisam estar presentes no mínimo por 6 meses e devem causar angústia à paciente. O diagnóstico desta síndrome, o Transtorno do Interesse/ Excitação Sexual Femininoé realizado com base em critérios exclusivamente clínicos. A dosagem de testosterona não está indicada para o diagnóstico do Transtorno do Interesse/ Excitação Sexual Feminino, nem para avaliação de baixa função ovariana ou adrenal porque o método de dosagem utilizado mundialmente só permite discriminar o excesso de produção de testosterona, como para o diagnóstico de tumores e/ou outras doenças que levam a acne, hirsutismo e virilização. Testosterona total e sobretudo livre só devem ser dosadas na avaliação de hiperandrogenismo. Vale lembrar que no Brasil não existe testosterona para mulher que seja aprovada por órgãos de vigilância sanitária (ANVISA). Mundialmente, não é recomendado o uso de formulações masculinas para mulheres. O uso de Testosterona por mulheres, sem indicação e com medicamentos inadequados, pode levar a efeitos a curto e a longo prazo, dose-dependentes como acne, excesso de pelos, queda de cabelo, aumento do risco cardiovascular, engrossamento da voz, aumento do clitóris, além de dependência psicológica como depressão após a retirada, transtorno da imagem corporal (dismorfofobia, vigorexia) e transtornos alimentares (ortorexia). Essa é a informação que temos até hoje, com maior robustez de evidências, mas claro, cada um continua tendo o livre arbítrio para escolher os seus caminhos.

 

Em homens, a testosterona também não deve ser usada para libido baixa e depressão sem o diagnóstico de hipogonadismo.

O uso de testosterona para ganho de massa muscular é considerado doping em atletas profissionais e ilegal em amadores. Pode levar a efeitos adversos graves e irreversíveis como: aumento do coração e morte súbita, infertilidade, ginecomastia, problemas de fígado, policitemia e risco aumentado de trombose, edema, retenção urinária para pessoas com hipertrofia prostática, distúrbio do sono, supressão transitória ou definitiva da função testicular com parada da produção de testosterona endógena e necessidade de reposição de testosterona em longo prazo.

Você quer ter uma vida com maior bem-estar, sem limitações e mais saudável? O básico segue funcionando: alimentar-se de maneira saudável, praticar exercício físico regularmente, prezar pelo sono de qualidade, gerenciar o estresse, manter relacionamentos/conexões sociais saudáveis, não fumar e consumir bebida alcoólica com moderação, além de praticar a espiritualidade, de alguma forma, fazendo o bem.

 

ENGLISH

 

“FAST HEALTHY MEDICINE”

 

Dr. Jacy M. Alves, Lapinha, specialist in Endocrinology

 

Medicine is not an exact science – everyone knows that. Truths can be temporary. But we see more and more people, especially the wealthiest, looking for a “Fast Healthy Medicine”, where in the desire to have vitality, sexual function compatible with adult film actors, eternal youth, and not to suffer at any cost, they swallow “magic” pills or injectable compounds every day (often paying a fortune for this) that promise to be the cure for their dissatisfaction with life and their goals. Is there right or wrong? I sincerely believe that each person chooses their own path and has autonomy, therefore, perhaps this dichotomy between right and wrong is not the most correct way of expressing it, since there are only different choices, but once the path is defined, it is necessary to accept the possible consequences.

 

Is the eternal search of human beings for longevity fair?

 

Of course, after all, the vast majority of people do not think much about the finiteness of life, despite everyone knowing about its existence. During the Renaissance era, this search was limited to the desire for miraculous forms of rejuvenation, such as bathing in the fountain of youth. There was a scientific shift in 1889 with the publication of Brown-Séquart’s self-experiments with animal testicle extract, which apparently improved his vitality, physical strength and cognition. This extract, marketed as the “Elixir of Life”, was sold for decades in Europe and North America. However, replication of Brown-Séquart’s experiments demonstrated that this extract only presented homeopathic concentrations of testosterone, insufficient to exert any biological effect. Thus, the birth of Andrology began with a placebo effect. In recent decades, the search for compounds that could lead to rejuvenation has gained momentum, with testosterone at the forefront. The diagnosis of male hypogonadism requires the presence of clinical symptoms such as low libido, erectile dysfunction and fatigue, in addition to testosterone levels measured at least twice in the morning, in the absence of acute or serious illnesses. Although clinical practice guidelines from the world’s leading medical societies advocate testosterone treatment in men with organic hypogonadism, testosterone continues to be marketed as a wonder drug with rejuvenating effects on sexual function, vitality and a host of other unproven supposed benefits. In addition, the growing epidemic of obesity, type 2 diabetes and metabolic syndrome, conditions that are known to be associated with low testosterone levels, has once again brought this hormone into the spotlight and into the spotlight. Although the number of testosterone prescriptions has increased dramatically over the past two decades, carefully conducted randomized clinical trials suggest only modest benefits from treatment, and in cases of functional hypogonadism, as often occurs in obesity and type 2 diabetes, this change can be reversed by treating the underlying diseases and changing lifestyle, without the need for testosterone replacement in most cases. Regarding the prescription of testosterone, when necessary, in cases of organic hypogonadism, concerns about safety remain, especially in elderly men.

 

In women, the abuse of testosterone is even more worrying…

 

The situation where this hormone could be indicated would be Female Sexual Interest/Arousal Disorder. And today we see the prescription of this hormone without criteria and often without any indication, for purely aesthetic purposes, to increase libido or as a “new” form of hormone therapy for menopause, in which there is often not even adequate use of estrogen and progesterone (progesterone for women who have a uterus, since in women who have undergone hysterectomy the use of estrogen does not need to be accompanied by the use of progesterone). Female sexuality is complex and not only related to hormones like testosterone. Psychosocial factors such as culture, religious beliefs, self-esteem, depression, sexual traumas like abuse, type of emotional relationship, lifestyle, stress, diseases and the use of medications influence female sexuality. The diagnosis of loss of interest in sexual relations and/or lack of arousal is based on the DSM 5 classification and requires very specific criteria that must be present for at least 6 months and must cause distress to the patient. The diagnosis of this syndrome, Female Sexual Interest/Arousal Disorder, is made based exclusively on clinical criteria. Testosterone levels are not indicated for the diagnosis of Female Sexual Interest/Arousal Disorder, nor for the evaluation of low ovarian or adrenal function because the measurement method used worldwide only allows the discrimination of excess testosterone production, as for the diagnosis of tumors and/or other diseases that lead to acne, hirsutism and virilization. Total and especially free testosterone should only be measured in the evaluation of hyperandrogenism. It is worth remembering that in Brazil there is no testosterone for women that is approved by health surveillance agencies (ANVISA). Worldwide, the use of male formulations for women is not recommended. The use of testosterone by women, without indication and with inappropriate medications, can lead to short- and long-term, dose-dependent effects such as acne, excess hair, hair loss, increased cardiovascular risk, deepening of the voice, enlargement of the clitoris, as well as psychological dependence such as depression after withdrawal, body image disorder (dysmorphophobia, vigorexia) and eating disorders (orthorexia). This is the information we have to date, with greater robustness of evidence, but of course, each person continues to have free will to choose their own path.

 

In men, testosterone should also not be used for low libido and depression without a diagnosis of hypogonadism.

 

The use of testosterone to gain muscle mass is considered doping in professional athletes and illegal in amateurs. It can lead to serious and irreversible adverse effects such as: heart enlargement and sudden death, infertility, gynecomastia, liver problems, polycythemia and increased risk of thrombosis, edema, urinary retention for people with prostatic hypertrophy, sleep disorders, temporary or permanent suppression of testicular function with cessation of endogenous testosterone production and the need for long-term testosterone replacement.

Do you want to have a life with greater well-being, without limitations and healthier? The basics still work: eat healthily, exercise regularly, value quality sleep, manage stress, maintain healthy relationships/social connections, do not smoke and consume alcohol in moderation, in addition to practicing spirituality, in some way, doing good.

 

SÓ PARA QUEM QUER VIVER MAIS E MELHOR

 

Marcielle Pereira, Nutricionista da Lapinha e Dr Daniel S. F. Boarim, Diretor Médico da Lapinha

Juntamos aqui, em poucas páginas, dicas das melhores sociedades médicas internacionais para uma vida mais longa e saudável. Também muito do que dizemos aqui, sobre os três níveis de autocuidado, vem do saber Lapinha, acumulado ao longo de mais de meio século. Saboreie, internalize e aplique!

 

CUIDADO DA ALIMENTAÇÃO

– Procure incluir boa variedade de alimentos na sua rotina. Ter sempre cinco cores diferentes no prato garante melhor nutrição e deixa a alimentação menos monótona.

– Cuide com os excessos, não tenha mais do que duas refeições ‘livres’ durante a semana.

-Os okinawenses (Japão) têm o costume dizer Hara hachi bu me (腹八分目/はらはちぶんめ), antes das refeições, um ensino confucionista que os lembra de não comer mais que 80%. Na prática, significa sempre sair da mesa com “um pouco de fome”, mas não faminto. Para mais detalhes leia nossa interessante matéria sobre as blue zones: https://bibliotecadeconhecimento.lapinha.com.br/segredos-dos-povos-mais-longevos-do-mundo/

– Coma devagar e mastigue muito bem cada bocado. Leve pelo menos 20 a 30 minutos para fazer as refeições irá garantir mais saciedade e menos desconforto digestivo.

– Mantenha uma boa hidratação: o ideal é fazer um cálculo de 30 a 35 ml x o peso corporal, e distribuir essa ingestão ao longo do dia, tomando menos líquido à noite. Quando o clima é quente e seco, a ingesta de água merece ainda mais atenção.

– Faça um planejamento das refeições: organize o menu da semana, a lista de compras e até elabore algumas preparações saudáveis e de rápido preparo para manter no freezer.  Isso irá facilitar sua rotina, diminuindo as chances de ‘sair do planejado’.

– Evite dietas muito restritas, exageradamente hipocalóricas! Procure fazer um acompanhamento nutricional sério para garantir o equilíbrio das suas refeições. Comer muito pouco por muito tempo, além de desnutrir, pode despertar o monstro da compulsão, tendo o efeito exatamente oposto – leva ao reganho de peso e maior engorda. Por isso, siga a orientação de uma nutricionista de orientação sensata. A Lapinha oferece um serviço de qualidade nessa área.

– A proteína é essencial à manutenção da massa muscular e equilíbrio nutricional. Porém, é crítico esclarecer que há muitas dietas da moda “para emagrecer” à base de proteínas, também chamadas “low carb”. Cuidado com essas dietas, que, embora levem a alguma perda de peso, são altamente pró-inflamatórias, estragando a microbiota do intestino e mostrando-se totalmente inadequadas! Não há base científica para recomendar tais dietas com elevados teores de proteína, muito acima do recomendado e necessário.  O equilíbrio é a chave da saúde. Para mais detalhes leia https://bibliotecadeconhecimento.lapinha.com.br/dieta-da-proteina-ajuda-a-emagrecer-ou-a-inflamar/

– Escolha “carboidratos do bem” para consumir no seu dia-a-dia: raízes como batata-doce, aipim, inhame, cereais integrais como aveia, arroz integral, quinoa, frutas e legumes – estas são as melhores fontes de carboidrato, proporcionando saciedade, energia e sensação de bem-estar. Consumir carboidratos refinados como guloseimas, refrigerantes e farinhas brancas fará com que aflore o desejo por açúcar e doces, roubando sua disposição e levando a ganho de peso.

– Se apesar da rotina saudável você comete um deslize ocasional, isso não significa que você ‘colocou tudo a perder’. Siga em frente com as melhores escolhas, na próxima refeição ou no dia seguinte.

– Suplementos podem ser úteis quando há deficiências e necessidades detectáveis, clínica e/ou laboratorialmente. Porém, há hoje uma tendência, pautada às vezes por modismo e mercenarismo, de prescrever suplementos demais, o que está longe do saudável. Infelizmente, essas práticas nada recomendáveis se ocultam às vezes sob as propostas da “medicina do estilo de vida”, “medicina integrativa” e até “nutrologia”, na verdade boas em sua essência.

 

CUIDADO DO CORPO

– Equilibre exercícios aeróbicos, musculação e alongamento. Assim como na dieta é necessário balanceamento, um exercício desequilibrado pode favorecer a ocorrência de lesões e não garante o melhor resultado.

– Busque sempre orientação e liberação médica para as atividades físicas, especialmente se você tem alguma condição patológica de fundo cardio-respiratório, metabólico ou ortopédico.

– Procure também uma orientação de um professor de educação física, e caso haja alguma limitação ortopédica, inclua um fisioterapeuta entre seus orientadores.

– Em geral se recomendam 30 minutos de exercícios planejados e orientados 5x por semana, e para emagrecer uma hora 5x por semana. Mas, veja bem, se você ainda não conseguiu atingir essa meta cientificamente estabelecida, saiba que sair do sedentarismo e começar com 2, 3 ou 4x por semana, desde que você tenha conte com boa orientação, já é um bom começo! Procure evoluir, avançar!

– Cuide do seu sono, mantenha uma rotina mais tranquila no final do dia e procure jantar algo leve, preferencialmente três horas antes de dormir. Isso garantirá um sono mais tranquilo e restaurador.

– O sono, aliás, é o mais importante regulador do biorritmo e participa da homeostase do corpo e da mente. Sono ruim aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e até obesidade!

– Não postergue seu check up médico! Siga a periodicidade recomendada por seu médico e não negligencie os exames preventivos, como mamografia, US mamário, exames de próstata, screening laboratorial, etc.

– Preste atenção na saúde da sua coluna vertebral! Sente-se e caminhe ereto, corrija sua postura.

– Manter o peso saudável, com boa composição corporal (massa magra x massa gorda) é, por unanimidade, essencial à qualidade de vida. Emagrecer requer, todo mundo sabe, atenção plena ao binômio alimentação-exercícios. Mas há um terceiro fator, sem o qual não se consegue sustentar qualquer avanço ou conquista: estamos falando de estratégias comportamentais, que implicam uma virada pra valer na “chavinha mental”. Conheça nosso programa “Emagreça e continue magro”, baseado no consagrado protocolo do Intensive Lifestyle Intervention. Idealmente, entre contato conosco semanas ou meses antes de vir, para já ir se preparando! O resultado é bem melhor assim, e vai requerer também acompanhamento de longo prazo!

– A abstinência de vícios, drogas ilícitas, álcool e fumo, é reconhecidamente condição para desfrutar boa qualidade de vida. Embora a Lapinha NÃO trate dependências químicas como drogadição nem alcoolismo, tratamos sim o tabagismo, DESDE que não haja outras dependências sobrepostas. Importante entrar em contato conosco pelo menos um mês antes, para fazer uma consulta com o médico responsável pelo programa e começar o tratamento antes de vir – esse é o protocolo baseado no melhor resultado! Entender, nesses casos, que você precisa de ajuda, é o primeiro passo rumo à superação!

– O jejum intermitente é uma prática saudável para o corpo e a mente, desde que adotado de forma sensata. Cuidado! As mídias vêm vandalizando esse assunto. Para informações sérias, com embasamento científico leia: https://bibliotecadeconhecimento.lapinha.com.br/jejum-intermitente-beneficios-e-insanidades/

 

CUIDADO DA MENTE

– Vivemos o tempo todo sob intenso bombardeio de estressores. A prevalência atual de transtornos emocionais e mentais é algo sem precedentes na história médica. Pecamos por dedicar pouco tempo à saúde, ao descanso mental e ao equilíbrio espiritual. Aliás, a maioria de nós só se preocupa com saúde quando cai doente! Aqui mora uma das principais causas de sofrimento tanto do corpo como da mente, que funcionam como uma unidade inseparável!

– O que pode nos ajudar a lidar com tantos estressores e alcançar equilíbrio emocional? Tudo o que listamos anteriormente, dentro do cuidado da alimentação e do corpo, são meios de fortalecer a unidade corpo-mente, nossa resistência e resiliência. Exercícios, alimentação saudável, e práticas de gestão do estresse merecem o primeiro lugar na nossa agenda. Lembre-se do óbvio negligenciado: Sem saúde, sem os cuidados que a saúde pede, nossa produtividade e alegria de viver caem drasticamente. Não compensa colocar tudo isso em segundo ou terceiro plano!

– Respirar fisiologicamente, separando pelo menos dois momentos no dia para praticar exercícios respiratórios, é uma das dicas mais simples e eficazes para enfrentamento do estresse! A respiração correta é essencial à boa oxigenação e nutrição do corpo e da mente. Ajuda a conter a ansiedade, mantendo-nos mais calmos, além de promover boa digestão e homeostase metabólica.

– Vale reforçar aqui o papel de destaque do sono na manutenção e recuperação da saúde integral! A maioria das pessoas dorme mal por questões perfeitamente corrigíveis. A higiene do sono é, nesse caso, um dos primeiros passos para as pazes com a saúde. A Lapinha oferece um programa muito bem desenhado, denominado “BEM DORMIR LAPINHA”. Entre em contato conosco pelo menos um mês antes de vir, para você receber orientações e, ao ingressar no programa, ser atendido por nossa médica especialista em medicina do sono e já começar o tratamento. Fazendo assim, os resultados são bem melhores. É um tratamento de longo prazo!

– Religiosidade e fé no Ser Superior, funcionam comprovadamente como poderosas blindagens anti-estresse. Pesquisas revelam que pessoas religiosas vivem mais e melhor.

– Práticas regulares de gestão do estresse, além da respiração, como massoterapia e acupuntura, podem fazer a diferença.

– Não hesite – e isso é muitas vezes indispensável – em procurar ajuda de um psicoterapeuta e de um psiquiatra, profissionais da saúde mental.

 

ENGLISH

 

ONLY FOR THOSE WHO WANT TO LIVE LONGER AND BETTER

 

Marcielle Pereira, Nutritionist at Lapinha and Dr. Daniel S. F. Boarim, Medical Director at Lapinha

 

Here, in just a few pages, we have gathered tips from the best international medical societies for a longer and healthier life. Much of what we say here about the three levels of self-care also comes from Lapinha’s knowledge, accumulated over more than half a century. Savor it, internalize it and apply it!

 

FOOD CARE

– Try to include a good variety of foods in your routine. Always having five different colors on your plate ensures better nutrition and makes your diet less monotonous.

– Be careful not to overindulge, don’t have more than two ‘free’ meals during the week.

-Okinawa residents (Japan) have the custom of saying Hara hachi bu me (腹八分目/はらはちぶんめ) before meals, a Confucian teaching that reminds them not to eat more than 80%. In practice, this means always leaving the table feeling “a little hungry”, but not famished. For more details, read our interesting article on blue zones: https://bibliotecadeconhecimento.lapinha.com.br/segredos-dos-povos-mais-longevos-do-mundo/

– Eat slowly and chew each mouthful very well. Taking at least 20 to 30 minutes to eat your meals will ensure greater satiety and less digestive discomfort.

– Stay well hydrated: the ideal is to calculate 30 to 35 ml x body weight, and distribute this intake throughout the day, drinking less liquid at night. When the weather is hot and dry, water intake deserves even more attention.

– Plan your meals: organize the menu for the week, the shopping list and even prepare some healthy and quick-to-prepare meals to keep in the freezer. This will make your routine easier, reducing the chances of ‘going off plan’.

– Avoid very restrictive, excessively low-calorie diets! Try to get serious nutritional monitoring to ensure that your meals are balanced. Eating too little for too long, in addition to causing malnutrition, can awaken the binge-eating monster, having exactly the opposite effect – it leads to weight regain and greater fat gain. Therefore, follow the advice of a sensible nutritionist. Lapinha offers a quality service in this area.

– Protein is essential for maintaining muscle mass and nutritional balance. However, it is important to clarify that there are many fad “weight loss” diets based on proteins, also called “low carb”. Be careful with these diets, which, although they lead to some weight loss, are highly pro-inflammatory, damaging the intestinal microbiota and proving to be totally inadequate! There is no scientific basis for recommending such diets with high protein levels, far above what is recommended and necessary. Balance is the key to health. For more details, read https://bibliotecadeconhecimento.lapinha.com.br/dieta-da-proteina-ajuda-a-emagrecer-ou-a-inflamar/

– Choose “good carbohydrates” to consume in your daily life: roots such as sweet potatoes, cassava, yams, whole grains such as oats, brown rice, quinoa, fruits and vegetables – these are the best sources of carbohydrates, providing satiety, energy and a feeling of well-being. Consuming refined carbohydrates such as sweets, soft drinks and white flour will cause you to crave sugar and sweets, robbing you of energy and leading to weight gain.

– If, despite a healthy routine, you make an occasional slip-up, this does not mean that you have ‘blown everything away’. Move on with the best choices, at your next meal or the following day.

– Supplements can be useful when there are deficiencies and needs that can be detected clinically and/or in the laboratory. However, there is a tendency today, sometimes driven by fads and merchandising, to prescribe too many supplements, which is far from healthy. Unfortunately, these not very recommendable practices are sometimes hidden under the proposals of “lifestyle medicine”, “integrative medicine” and even “nutriology”, which are actually good in their essence.

 

BODY CARE

– Balance aerobic exercises, weight training and stretching. Just as with diet, balance is necessary, unbalanced exercise can lead to injuries and does not guarantee the best results.

– Always seek medical guidance and approval for physical activities, especially if you have any underlying cardio-respiratory, metabolic or orthopedic conditions.

– Also seek guidance from a physical education teacher, and if you have any orthopedic limitations, include a physiotherapist among your advisors.

– In general, 30 minutes of planned and guided exercises are recommended 5 times a week, and for weight loss, one hour is recommended 5 times a week. But, remember, if you have not yet managed to reach this scientifically established goal, know that leaving a sedentary lifestyle and starting with 2, 3 or 4 times a week, as long as you have good guidance, is already a good start! Try to evolve, move forward!

– Take care of your sleep, maintain a calmer routine at the end of the day and try to have a light dinner, preferably three hours before going to bed. This will ensure a more restful and restorative sleep.

– Sleep, in fact, is the most important regulator of biorhythms and participates in the homeostasis of the body and mind. Poor sleep increases the risk of cardiovascular diseases, diabetes and even obesity!

– Don’t postpone your medical check-up! Follow the frequency recommended by your doctor and do not neglect preventive exams, such as mammograms, breast ultrasounds, prostate exams, laboratory screenings, etc.

– Pay attention to the health of your spine! Sit and walk upright, correct your posture.

– Maintaining a healthy weight, with good body composition (lean mass x fat mass) is, unanimously, essential to quality of life. Losing weight requires, as everyone knows, full attention to the diet-exercise binomial. But there is a third factor, without which no progress or achievement can be sustained: we are talking about behavioral strategies, which imply a real change in the “mental switch”. Learn about our “Lose weight and stay thin” program, based on the renowned Intensive Lifestyle Intervention protocol. Ideally, contact us weeks or months before coming, so that you can start preparing yourself! The results are much better this way, and it will also require long-term monitoring!

– Abstinence from addictions, illicit drugs, alcohol and tobacco, is a recognized condition for enjoying a good quality of life. Although Lapinha does NOT treat chemical dependencies such as drug addiction or alcoholism, we do treat smoking, AS LONG AS there are no other overlapping dependencies. It is important to contact us at least a month in advance, to make an appointment with the doctor responsible for the program and begin treatment before coming – this is the protocol based on the best results! Understanding, in these cases, that you need help is the first step towards overcoming!

– Intermittent fasting is a healthy practice for the body and mind, as long as it is adopted sensibly. Be careful! The media has been vandalizing this subject. For serious information, with scientific basis, read: https://bibliotecadeconhecimento.lapinha.com.br/jejum-intermitente-beneficios-e-insanidades/

 

MENTAL CARE

 

– We live under an intense bombardment of stressors all the time. The current prevalence of emotional and mental disorders is unprecedented in medical history. We are guilty of dedicating little time to our health, mental rest and spiritual balance. In fact, most of us only worry about our health when we get sick! This is one of the main causes of suffering in both the body and the mind, which function as an inseparable unit!

– What can help us deal with so many stressors and achieve emotional balance? Everything we listed above, within the scope of food and body care, are ways to strengthen the body-mind unity, our resistance and resilience. Exercise, healthy eating and stress management practices deserve to be at the top of our agenda. Remember the obvious: Without health, without the care that health requires, our productivity and joy of life drop drastically. It is not worth putting all of this on the back burner!

– Breathing physiologically, setting aside at least two moments a day to practice breathing exercises, is one of the simplest and most effective tips for dealing with stress! Proper breathing is essential for good oxygenation and nutrition of the body and mind. It helps to control anxiety, keeping us calmer, in addition to promoting good digestion and metabolic homeostasis.

– It is worth emphasizing here the important role of sleep in maintaining and recovering overall health! Most people sleep poorly for perfectly correctable reasons. Sleep hygiene is, in this case, one of the first steps towards peace with your health. Lapinha offers a very well-designed program, called “BEM SORMIR LAPINHA”. Contact us at least one month before coming, so that you can receive guidance and, upon joining the program, be seen by our doctor specializing in sleep medicine and start treatment right away. Doing so, the results are much better. It is a long-term treatment!

– Religiosity and faith in the Higher Being have proven to work as powerful anti-stress shields. Research shows that religious people live longer and better.

– Regular stress management practices, in addition to breathing, such as massage therapy and acupuncture, can make a difference.

– Do not hesitate – and this is often essential – to seek help from a psychotherapist and a psychiatrist, mental health professionals.

Receba nosso conteúdo

Tenha acesso em primeira mão às nossas novidades e programações especiais

A Lapinha se compromete em proteger e respeitar sua privacidade. Usaremos suas informações pessoais apenas para administrar sua conta e fornecer os produtos e serviços que você nos solicitou. Ocasionalmente, gostaríamos de entrar em contato sobre nossas ofertas, bem como sobre outros conteúdos que possam ser de seu interesse. Você pode optar por desinscrever-se de nosso mailing a qualquer momento.

Lar Lapeano de Saúde LTDA - CNPJ 75.189.597/0001-63. Todos os direitos reservados.